Defesa da mulher: a experiência de Anápolis (GO) como referência para o Estado de Goiás

Em meio aos desafios e vitórias de nosso tempo, Anápolis desponta como uma cidade que abraça a luta pela igualdade de gênero e pela proteção das mulheres com fervor inigualável. Aqui, não se trata apenas de uma causa, mas sim de uma missão que envolve a união de mentes e corações determinados a romper com a desigualdade.

Nossa jornada nessa batalha é marcada por iniciativas concretas e pelo compromisso com a transformação social. O projeto “+ Informação e – Agressão”, criado por mim, antes do mandato e que através dele vem ampliando e alcançado cada vez mais mulheres, é um exemplo vivo dessa determinação, mergulhando nas águas turbulentas da violência de gênero para resgatar a esperança e a dignidade das mulheres. Esta iniciativa, que envolve a comunidade nos mais diversos bairros do município, é uma mola propulsora para levar conhecimento e autonomia àquelas pessoas.

Mas não paramos por aí. Anápolis ergue-se com firmeza contra a violência que assombra os espaços públicos, lançando-se na frente com a coragem de quem sabe que a mudança é necessária e urgente. Realizei diversos encontros para debater um novo protocolo de combate à violência contra as mulheres, com projetos de leis aprovados que são um avanço significativo nessa luta – como exemplo, cito a lei que coloca as mulheres vítimas de violência como prioridade nos programas habitacionais do município, já em validade no município.

Nosso propósito é promover ações concretas, seja levando informação, criando leis, promovendo ações, buscando recursos para avançarmos efetivamente para uma cidade melhor para todos, mas, sobretudo, para as mulheres que vêm sofrendo tanto com a desigualdade e a violência.

E temos um belo resultado desse debate: não podemos esquecer do impacto profundo do programa de cooperação e código sinal vermelho, que, como uma chama ardente, ilumina o caminho das mulheres em situações de violência doméstica, oferecendo-lhes um sussurro de esperança em meio à escuridão do medo. É um gesto simples, que pode mudar uma vida. Quando em situação de perigo em locais públicos, as mulheres podem fazer um sinal vermelho na mão e mostrar à pessoa mais próxima. É uma expressão de que ela precisa de ajuda. Houve excelente adesão dessa proposta e muitas já foram salvas de agressores por conta desse gesto.

Somado a isso, a implantação da Semana de Conscientização da Violência Obstétrica destaca nossa dedicação em proteger e fortalecer as gestantes e parturientes contra qualquer forma de violência. Além das iniciativas práticas, levantamos a voz em defesa de uma participação maior das mulheres na política, do empoderamento feminino e da ampliação das políticas públicas voltadas para elas. Isso inclui o projeto Cidade Delas e criação da galeria das ex-vereadoras, que incentiva a participação das mulheres na política. Nossa batalha não conhece tréguas, e estamos aqui para garantir que nenhuma mulher seja silenciada, nenhuma mulher seja subjugada, e nenhuma mulher seja esquecida.

Por fim, tivemos a indicação para a construção do hospital da mulher, um lugar que facilita o atendimento público para a saúde da mulher. Nosso caminho rumo à igualdade é longo e sinuoso, mas com a força e a resiliência de todas as mulheres de Anápolis, não há obstáculo que não possamos superar. Unidos, continuaremos a iluminar o caminho do empoderamento feminino, não apenas em nossa cidade, mas em todo o país. E lembrem-se, esse trabalho deve ser feito em conjunto com todas as mulheres e a sociedade. Devemos ser várias vozes na defesa da mulher, e é crucial promover ações para gerar emprego e renda para as mulheres, pois isso é fundamental na defesa de seus direitos e no fortalecimento de sua autonomia.

Sobre Andreia Rezende

Andreia Rezende de Faria é advogada, natural de Anápolis (GO), formada em Direito pela Universidade Evangélica de Goiás – UniEVANGÉLICA (GO). Na faculdade, fez parte da diretoria do diretoria acadêmico em uma ampla militância no movimento estudantil universitário.

Após formada e aprovada nos quadros da OAB-GO, atuou na defesa da advocacia como delegada da Casag em duas gestões. Trabalha como advogada dativa por mais de uma década na defesa de pessoas hiposuficientes. É vereadora eleita pelo partido solidariedade por Anápolis (GO), com 2.841 votos, sendo a mulher mais jovem e mais votada nesta legislatura (2021 a 2024) e 2ª no quadro geral.

É palestrante, radialista e ativista pelo direito das mulheres, idosos e consumidores. Aprovada em programas de formação política para novos líderes RenovaBR Cidades e Vamos Juntas na Política da Deputada Tabata Amaral (a qual é a única representante de Goiás).

Autoria de diversos projetos de leis e iniciativas em favor das mulheres, criadora do projeto Mais Informação e Menos Agressão! Apaixonada pelas pessoas, pela justiça, cidades e claro, pela política.

Andreia Rezende (@andreiavereadora_)