A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou que irá atender, de forma voluntária, ao pedido da Defensoria Pública da União (DPU) e da família de Juliana Marins para a realização de uma nova autópsia no Brasil. A jovem de 26 anos morreu no Monte Rinjani, na Indonésia, sob circunstâncias que geraram dúvidas quanto à causa e ao horário exato do óbito.
A primeira autópsia, realizada por autoridades indonésias, indicou que a morte ocorreu por hemorragia interna, causada por traumatismo torácico decorrente de uma queda. Contudo, informações contraditórias sobre o momento da morte, com diferenças de até seis horas, motivaram o pedido por uma segunda perícia.
A AGU informou que a nova autópsia será feita logo após a chegada do corpo ao Brasil, com prazo de até seis horas para o procedimento. A instituição também convocou uma reunião com representantes da DPU e do Estado do Rio de Janeiro para discutir a logística da operação e os profissionais envolvidos.
O corpo de Juliana deve desembarcar no país no início da semana, com escala prevista em Dubai. A decisão do governo federal busca assegurar os direitos da família e garantir maior transparência sobre os fatos. Há expectativa de que os resultados da nova autópsia possam embasar medidas judiciais e diplomáticas, inclusive no que diz respeito à eventual responsabilização por negligência no socorro prestado à brasileira.