Planejamento sucessório antecipado evita que problemas familiares afetem o funcionamento dos negócios, diz especialista
O caso de disputa pelo controle das Casas Bahia por parte da Família Klein, revelado na semana passada, se tornou um exemplo prático de como uma empresa familiar pode ser comprometida caso as disputas se arrastem e não se resolvam. Por isso, segundo Felipe Russomanno, advogado da área de planejamento patrimonial e sucessório do Cescon
O caso de disputa pelo controle das Casas Bahia por parte da Família Klein, revelado na semana passada, se tornou um exemplo prático de como uma empresa familiar pode ser comprometida caso as disputas se arrastem e não se resolvam. Por isso, segundo Felipe Russomanno, advogado da área de planejamento patrimonial e sucessório do Cescon Barrieu Advogados, esse tipo de disputa traz grande impacto negativo aos negócios.
“Há uma disputa sobre o controle da holding, e isso traz insegurança na condução das atividades, com debates até mesmo sobre as remunerações do administrador. Isso pode, em último caso, levar até mesmo ao travamento das atividades”, afirma.
Segundo o especialista, é preciso separar as pessoas físicas das jurídicas a fim de preservar o patrimônio da empresa e evitar que os conflitos familiares respinguem nos negócios.
“É importante que haja antecipadamente um planejamento de governança na sociedade. É preciso criar mecanismos que garantam a perenidade da sociedade, como um acordo de acionistas que preveja como será a condução da gestão, políticas de remuneração da empresa, entre outros instrumentos”, destaca, ressaltando que esse instrumento também reorganiza a empresa em relação a outros sócios envolvidos no negócio.
O advogado ainda afirma que uma disputa como essas pode até mesmo afetar a participação em outras empresas da holding, trazendo prejuízos ainda maiores, por isso, o planejamento antecipado é a melhor solução.