Por Marco Túlio Correa Barcelos
A pandemia do novo Coronavírus virou o mundo de ponta cabeça. A sua chegada em meados de março de 2019 no Brasil fez a economia retrair e o índice de desemprego aumentar. Um novo cenário exigiu adaptabilidade e reinvenção daqueles que estão dentro e fora do mercado de trabalho. A educação também passou por transformação. O que era antes presencial se tornou digital, fazendo com que o setor se curvasse a uma nova realidade pensada para o futuro. A escola tendo que migrar o seu ensino para a plataforma digital em tempo hábil para que o conhecimento continuasse no movimento fluido e contínuo.
Nas faculdades, o sonho do aluno continua o mesmo: formar-se e obter ascensão profissional e social por meio do estudo. Mas, a pandemia acelerou as transformações em todas as esferas, inclusive a do trabalho. O mercado educacional mudou, o protagonista desta vez é o aluno que precisa desempenhar um papel importante na curadoria das suas escolhas, procurando se desenvolver profissionalmente e buscando a educação contínua como forma de manter-se atualizado e presente no mercado.
De mundo VUCA (Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity – Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo) agora falamos de mundo BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear and Incomprehensible — Frágil, Ansioso, Não linear e Incompreensível). Dessa forma, somos exigidos a manter a roda da busca pelo conhecimento girando. O conceito de egresso perde o sentido e deve ser evitado. As Instituições de Ensino Superior devem estar preparadas para retroalimentar a sua base de “novos alunos” com aqueles que estão concluindo o ciclo atual.
Um levantamento inédito realizado pela Person em 9 países, incluindo o Brasil, ouviu 21,5 mil pessoas com idades entre 14 e 70 anos em agosto de 2020. O estudo identificou que 84% dos brasileiros empregados maiores de 18 anos observam a educação continuada como apoio para terem maiores oportunidades através de promoções e aumentos em seu trabalho atual, e ainda, 51% informaram que continuar estudando é importante para prosperar, sendo a educação continuada importante nesse processo.
É neste contexto que (re)ingressar na faculdade ou curso de pós-graduação pode criar e manter perspectivas de futuro e possibilidades, já que o conhecimento é investimento. Finalizo aqui com uma frase: “Pouco conhecimento faz com que as pessoas se sintam orgulhosas. Muito conhecimento, que se sintam humildes”. Leonardo da Vinci.
O texto usou as referências da pesquisa sobre o mercado de trabalho disponível em:
https://plc.pearson.com/sites/pearson-corp/files/Pearson_Global-Learners-Survey_2020_FINAL.pdf