Nesta segunda-feira (9) o governo federal anunciou mudanças importantes no Imposto de Renda, que afetam diretamente quem investe em LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas. A Medida Provisória apresenta uma proposta de cobrança de 5% de IR na Fonte sobre rendimentos desses títulos, que hoje são isentos. Caso seja aprovada pelo Congresso, valerá para novos papéis emitidos a partir de 2026, ou seja, não afetará investimentos antes disso.
Fernando Aubin, diretor tributário na Forvis Mazars, analisou como ficará o mercado, caso não tenha mudanças na versão final da MP, e apresenta algumas estratégias para esse novo cenário. “Investidores podem aproveitar a janela de isenção até o fim do ano de 2025 para as aplicações, pois serão mantidos até o vencimento. Também é importante comparar os retornos líquidos usando simuladores para avaliar o rendimento, já descontando o IR em LCI, LCA e comparando com CDB, Tesouro Direto, fundos DI, entre outros.
Outras medidas importantes apresentadas pelo Executivo é a reavaliação do portfólio de investimentos, com base na rentabilidade líquida e não apenas nas taxas brutas, o que era vantajoso antes pode não ser depois na MP. “Além de considerar a diversificação entre produtos, com e sem isenção, também podem considerar outras classes como o Tesouro Direto e fundos de crédito. Acompanhar as mudanças legislativas também é fundamental para pensar nas melhores alternativas, já que temos que aguardar como ficará o cenário. E mais do que nunca, o acompanhamento profissional pode fazer a diferença para adaptar a estratégia de investimentos diante do cenário regulatório em transição.
Impactos para investidores e empresas
Aubin alerta que, com a mudança, os impactos serão para investidores e empresas de grande e médio portes. “A rentabilidade de alguns investimentos provavelmente deve diminuir, impactando o portfólio de ações e investimentos que empresas e pessoas físicas possuem.
Além disso, tanto o setor imobiliário quanto o setor agropecuário devem rever suas estratégias de captação, pois podem enfrentar maior dificuldade para atrair recursos. Para investidores, pode ser a hora de olhar com mais atenção para alternativas isentas ou com melhor retorno líquido, como CDBs, fundos e Tesouro Direto.”
Sobre a Forvis Mazars
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