Governo divulga dados sobre tráfico de pessoas e destaca diferenças de exploração entre gêneros

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O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou novos dados sobre o tráfico de pessoas no Brasil, revelando perfis das vítimas, tipos de exploração predominantes e os canais de aliciamento mais utilizados. O relatório aponta avanços no enfrentamento ao crime, mas também revela desafios ainda significativos.

Entre os principais dados levantados, observa-se que a maioria das vítimas registradas são do gênero masculino, jovens entre 18 e 29 anos e, em sua maioria, pessoas negras. No entanto, mulheres, crianças, pessoas com deficiência e indivíduos LGBTQIA+ continuam sendo os grupos mais afetados pela exploração sexual.

Os registros também mostram que a exploração laboral ainda é o principal objetivo do tráfico, incluindo trabalho forçado, servidão e adoção ilegal. Além disso, a prática de extração de órgãos e exploração doméstica ainda são identificadas como formas de tráfico.

Um dado preocupante é o uso cada vez mais frequente de redes sociais e ferramentas digitais como meio de aliciamento. A tecnologia tem sido utilizada para atrair vítimas com promessas falsas de emprego ou oportunidades no exterior, além de ser empregada para controlar as vítimas após a exploração.

O relatório também destaca a implementação do IV Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que estabelece diretrizes para ações preventivas, repressivas, de assistência às vítimas e de articulação institucional. O plano reforça a importância da atuação conjunta entre governos, sociedade civil e organismos internacionais.

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