Por Fabrício Ramos e Rafael Docampo
O setor de saúde possui uma das maiores cargas de papelada dentre todos os setores. Uma parte substancial desses papéis não tem nada a ver com informações médicas, mas sim com a gestão de contratos e outros documentos legais. Para esse tipo de documento, a tecnologia das assinaturas eletrônicas vem trazendo mudanças bem expressivas. Basicamente, um contrato eletrônico é um acordo criado e “assinado” de forma digital onde nenhum papel é usado. Um exemplo disso é um acordo que a pessoa escreve em seu computador e envia por email a um parceiro comercial e ele devolve um e-mail com uma assinatura eletrônica indicando a assinatura.
De acordo com a Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor de franquias no segundo trimestre de 2021, realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), os segmentos de saúde e bem-estar registraram um desempenho positivo de 21,2% no faturamento do segundo semestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano de 2019, registrando R$ 9,6 bilhões de receita e tendo um índice 17% maior em comparação ao período do ano de 2019, antes da pandemia.
Em comparação com a gestão digital de contratos, o gerenciamento manual de documentos é considerado desatualizado. Costuma causar dificuldades de adesão, consome muito tempo e recursos, é inseguro e ineficiente. Ou seja, não é a melhor maneira de gerenciar o trato de alto valor ou complexidade. Ainda nesse sentido, a pandemia da Covid-19 também trouxe novos desafios no que diz respeito à gestão de contratos na saúde e ajudou a expor ineficiências nos processos existentes.
Independente da esfera de sua atuação, privada ou pública, um gestor de uma instituição de saúde tem a responsabilidade não só de planejar e negociar provimentos de recursos para a assistência à saúde, mas também precisa ter uma visão ampliada de saúde, ser capaz de priorizar problemas e necessidades da comunidade ao mesmo tempo em que executa o modelo de atenção integral e da gestão participativa.
No Brasil, para promover eficiência a instituições públicas, algumas cidades e estados têm usado um mecanismo de gestão compartilhada, ou seja, os contratos de gestão que se traduzem, entre outras coisas, a incentivos profissionais para a gestão por resultados no SUS.
Fazer planejamentos, montar escalas otimizadas, utilizar softwares com compartilhamento de informações, automatização de processos e manutenção preventiva de equipamentos são apenas algumas atitudes que podem ser tomadas para que o tempo seja melhor aproveitado na gestão de saúde. A organização e o acesso às informações no gerenciamento nesta área ajuda na tomada de decisões, principalmente em caso de acesso a informações confiáveis como em um software.
Ainda que existam velhos conceitos quando se trata de gestão em saúde, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada para dar espaço às inovações. Atualmente existem diversos softwares de comandos disponíveis para melhorar a rotina dos gestores de saúde.
Esses softwares possuem ferramentas que integram plataformas de agendamento de consultas, organizam recursos e personalizam o atendimento. Ou seja, podemos dizer que o trabalho do gestor acaba ficando mais eficiente e rápido, pois a agilidade reduz o gasto de tempo e dinheiro.
Um exemplo disso é o CLM (Contract Lifecycle Management), um software de gerenciamento de contratos que agiliza os processos de contratação em organizações e empresas, incluindo as de saúde. Ele reduz os riscos e projeta uma estrutura de administração de conformidade melhor.
Sim, um sistema moderno de gerenciamento de contratos é essencial para as operações de saúde bem sucedidas, porque otimiza as três pontas: o enfermo que preenche os dados uma única vez, o médico que possui em uma única plataforma todos os contratos com as informações que precisa saber dos pacientes e os colaboradores da clínica têm a facilidade de possuir um banco de dados e uma gestão de todo o fluxo contratual.