CPMI do INSS aprova quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de investigados

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta quinta-feira, 11 de setembro de 2025, cerca de 400 requerimentos para quebrar sigilos bancário, fiscal e telemático de pessoas físicas, associações, empresas e entidades suspeitas de envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas.

Entre os investigados cujos sigilos foram liberados, estão empresários como Antônio Carlos Camilo Antunes (o “Careca do INSS”), Maurício Camisotti, e o ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto. Também foram incluídos no rol entidades como associações de aposentados, sindicatos e empresas que firmaram acordos técnicos com o INSS.

O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou que a medida visa esclarecer onde está todo o patrimônio desviado e compreender o fluxo de recursos por trás dos descontos irregulares nos benefícios previdenciários.

Os requerimentos aprovados também incluem pedidos de acesso a documentos, relatórios de inteligência financeira do COAF, registros de movimentação junto a órgãos públicos e auditorias às associações envolvidas no escândalo. Há também a intenção de investigar entidades ligadas a comunidades vulneráveis, como aposentados, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, que teriam sido alvo preferencial para descontos indevidos.

Em paralelo, a CPMI ouviu o ex-presidente do INSS e ex-ministro da Previdência Social, José Carlos Oliveira (Ahmed Mohamad Oliveira Andrade), que declarou não ter tomado conhecimento das irregularidades até que fossem oficialmente investigadas pela PF e pela CGU.

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