A AASP – Associação dos Advogados realiza, no dia 25 de julho, evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha. Com duração de duas horas, o curso presencial vai ocorrer na capital paulista, mas também há vagas na versão remota, levando à mesa de discussões temas relacionados à saúde e à área jurídica. As vagas são limitadas.
“É com grande satisfação que anunciamos nosso primeiro evento presencial com mulheres negras que são referência na área da saúde e na área jurídica. A AASP, nesses 80 anos de história, tem avançado nas pautas relacionadas a questões de gênero e raça e não poderíamos deixar passar em branco o ‘julho das pretas’”, explica a conselheira substituta Patrícia Anastácio, que organiza a agenda com apoio da área Cultural da Associação. “A inclusão da mulher negra na sociedade, como detentora de direitos, necessita do olhar de todas as pessoas. Acredito no sucesso do evento, e também na grandeza dessa casa em ter coragem de externar para toda a comunidade jurídica a sua evolução quanto às questões raciais. Conto com a presença de todas e todos, e podem ter certeza de que será apenas o primeiro de muitos eventos que ainda virão”, completa.
O primeiro tema abordado durante o encontro será ‘Saúde: O descaso com o cuidado da saúde da mulher negra’ e vai contar com a participação da médica Cristiane Santos de Mesquita e da doutora em patologia oral e maxilofacial e pacientes com necessidades especiais Nathália Tuany Duarte. Neste painel, a moderação ficará a cargo da advogada Gabriela Cezar e Melo, pós-graduada em Direito Penal e Processo Penal pela EPD.
Na sequência, será a vez do tema ‘Área jurídica: Reflexões sobre a luta da igualdade de gênero e a importância e impacto da indicação de juristas negras junto aos órgãos diretivos do Poder Judiciário’. Fazem parte desta mesa a desembargadora federal do TRF3, Daldice Maria Santana de Almeida e Debora Ribeiro, advogada e especialista em Direito Penal Econômico e Direitos da Mulher. A moderação ficará a cargo de Patrícia Souza Anastácio, advogada, especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela USP.
O encerramento contará com a participação de Eunice Aparecida de Jesus Prudente, secretária municipal de Justiça de São Paulo (SMJ/Prefeitura de São Paulo); Mestre e Doutora pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP); Professora sênior do Departamento de Direito do Estado da Faculdade de Direito da USP, onde ministra disciplinas nos cursos nos programas de mestrado e doutorado nas áreas Direito do Estado e Direitos Humanos. Possui vários artigos publicados, sendo autora da primeira tese que propõe a criminalização da discriminação racial, aprovada em 1980 e publicada no livro “Preconceito Racial e Igualdade Jurídica: a cidadania negra em questão”, pela Editora Julex, em 1989.
Histórico
As questões que envolvem o feminismo negro começaram a ganhar proporções em 1992, em Santo Domingo, na República Dominicana, com a realização do 1º Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, com a criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas e a definição do dia 25 de julho como o Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha.
No Brasil, a Lei 12.987/2014, assinada pela Presidente Dilma Rousseff, reconheceu esse dia como Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Essa data inaugura um processo de lutas, batalhas e reconhecimento da mulher negra no protagonismo junto à sociedade brasileira.
E a AASP – que este ano completa 80 anos –, sabendo da importância dessa data junto às mulheres negras, inaugura esse dia com debates e painéis para toda a comunidade jurídica.
SERVIÇO
O que: Evento do Dia Internacional da Mulher Negra Latina e Caribenha
Quando: 25 de julho, às 9h
Formato: Híbrido e gratuito
Onde: Rua Álvares Penteado, 151 – Centro – São Paulo/SP
Inscrições: https://magoo.aasp.com.br/Authenticate