Por Andreia Rezende
A noite do dia 31 de maio de 2021 foi memorável, noite em que a UniEvangélica se tornou Universidade Evangélica de Goiás. A construção do mundo urbano se dá, também, pela organização de instituições e suas formas de produzir e organizar os conhecimentos próprios da efervescência cultural, política e intelectual da cidade. É o ambiente citadino que, de forma muito especial, põe em evidência questões e tensões novas que ensejam respostas inéditas e inovadoras.
Após aquela noite, passei a refletir acerca da importância das universidades num mundo cada vez mais globalizado, mas que de outro modo, e dentro de um paradoxo, exprime e reinventa continuamente formas de habitar no mundo enraizadas nas tradições locais e específicas.
Qual o papel das universidades num mundo cada vez mais urbanizado e efêmero? O papel da universidade num mundo que muda a um clique de celular, talvez, o de ser o baluarte que segura o eixo para manutenção da ordem, o conhecimento real e a formação inerente da lógica do mercado e a compreensão sociológica que continuam sendo uma das formas potentes de inventar e projetar utopias mais igualitárias e libertárias?
É na pesquisa, na ciência, no conhecimento que se aprofunda ideias, projetos para compreensão e aprimoramento das cidades. A contribuição para a superação de visões binárias de mundo – inclusão x exclusão; dentro x fora; conhecimento x desconhecimento; ciência x obscurantismo; inovação x tradição se consolida nas universidades para a compreensão de uma visão macro do desenvolvimento urbano.
As universidades possibilitam aos lugares conectarem-se com o mundo, ao mesmo tempo em que se enraízam localmente e regionalmente e se conectam globalmente, com significativos efeitos nos circuitos de produção e consumo da economia que repercutem de forma multiplicadora nas estruturas espaciais, sobretudo das cidades nas quais estão localizadas. Em Anápolis (GO), a UniEvenagélica faz parte da cidade, suas histórias, suas pessoas, sua visão de mundo, não existe pensar em Anápolis, sem a nossa Uni, como essa importante instituição é carinhosamente chamada.
Uma história que teve início por missionários, que tinham como objetivo salvar vidas, fundados na fé. Pessoas que se desenvolveram, transformando e salvando pela educação. Missões não são fruto inicialmente de algo racional, mas de compaixão, de ver o outro antes de si mesmo, daquele que acredita que cabe a si a construção de um mundo melhor. Deus tinha um único Filho e fez dele um missionário. Aí se cristaliza a grandeza dessa vocação.
A UniEvangélica se tornou Universidade Evangélica de Goiás, isso não é um fato que limita a si mesma, mas nos faz grande e nos emociona, faz ter ainda mais orgulho de viver aqui. Parabéns à nossa cidade de Anápolis e a todos que fizeram esse sonho se tornar realidade. Estou feliz como egressa do curso de direito da instituição, por hoje poder como representante do legislativo participar desse momento memorável.
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