Com o amadurecimento das legislações de proteção de dados pessoais ao redor do mundo – inclusive no Brasil, onde a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) completa 6 anos hoje, 14 de agosto de 2024 – implementar um programa de governança sólido em proteção de dados pessoais deve ser visto como uma prioridade estratégica para organizações de todos os setores.
Importante lembrar que a governança de dados pessoais dentro da empresa é critério para atenuação e redução de multas sob a LGPD. Assim, ter políticas, mapeamento de dados pessoais, treinamentos, contratos de compartilhamento de dados, encarregado pela proteção de dados pessoais nomeado, não somente no papel, mas efetivamente, é um investimento – mais do que um custo.
Nesse sentido, o relatório “Cost of a Data Breach 2024“, recentemente publicado pela IBM e o tradicional relatório “Cisco Cybersecurity Readiness Index 2024”. (“Relatórios”) mostram o impacto financeiro de incidentes de segurança da informação para as organizações.
Para se ter uma ideia, o custo médio global de uma violação de dados aumentou 10% em relação ao ano anterior, atingindo US$ 4,88 milhões – o maior aumento registrado desde a pandemia. Os Estados Unidos continuam liderando como o país onde essas violações são mais caras, impulsionadas principalmente por interrupções nos negócios e pelas respostas pós-violação, que elevam significativamente os custos.
No Brasil, o custo médio de um incidente de segurança da informação chegou a US$ 1,36 milhão, refletindo um aumento em relação ao ano anterior, embora o país permaneça na 16ª posição entre os 16 países e regiões analisados pelo Relatório. Este cenário destaca a necessidade de as organizações brasileiras investirem urgentemente em soluções de segurança da informação para mitigar riscos. E levarem a LGPD a sério.
Avanços na inteligência artificial (IA) e na disponibilidade geral de recursos como IA generativa estão capacitando atores mal-intencionados a implementar soluções mais sofisticadas e ataques direcionados.